domingo, 27 de março de 2016






UMA HISTÓRIA    "UM INIGMA"


Estavamos nos finais do mês de Dezembro, próximos do final do ano de 1970, e o pessoal das Transmissões, Criptos não incluídos, mas incluindo os Radiomontadores, resolveram organizar um jantar para comemorarem tal acontecimento. O mesmo seria efetuado nas oficinas de rádio. A ementa, entre outras iguarias, tinha como prato principal Cabrito assado. Para que tal fosse realizável todos contribuíram com uma verba para as despesas, das quais a mais importante e valiosa seria a do dito animal. A sua compra, bicho vivo, seria feita no mercado local, mais propriamente num kimbo. Assim, num Domingo à tarde, com o dinheiro no bolso, partiu uma delegação, dois ou três dos convivas, para efetuar tal compra.

Ao fim da tarde, já noite, chegaram, deram a notícia da concretização do negócio, que até tinha sido bom e que o animal estava recolhido numas pocilgas que se localizavam atrás das casernas, e ali ficaria até o seu abate. Tudo certo até aqui.

No dia seguinte, para lá se dirigiram aqueles que ainda não tinham visto o animal, e alguns já a imaginarem a parte que lhes iria calhar em sorte na hora do repasto…. Mas aqui nada bateu certo. Perante a admiração geral, incluindo a dos compradores, do cabrito nem rasto!!!!!! Aqui levantaram-se dúvidas: ou o animal fugiu ou foi roubado. Procurou-se pelo quartel e proximidades mas não o vimos, nem ninguém também nos soube dar qualquer informação.

Face ao sucedido, e perante grande desilusão, amealhamos mais uns cobres e modificou-se a ementa, que passou a ser Frango, pois também era animal, que se encomendou no Restaurante Cubata. À hora marcada lá se realizou o convívio, que esteve um pouco confuso, pois a situação não era para menos. Comer frango a pensar no cabrito era algo que não encaixava muito bem. Mas lá se comeu e bebeu e o jantar não deixou de ser agradável.

Com tudo já calmo, aconteceu algo inesperado: apareceu um “Cripto” com um pires na mão, com algo que ou eram caroços de azeitona ou amendoins, e à distancia e em tom jocoso, dizendo vocês pagaram o cabrito e nós é que o comemos e aqui estão as sua caganitas. Tudo isto foi tomado como uma provocação e logo se gerou um conflito, com copos pelo ar, tentativas de agressões, insultos, palavrões, etc. etc. . Mas tudo acabou por serenar.

Conclusão: Passados estes anos todos a dúvida persiste: O cabrito fugiu? Foi roubado? Ou será que nunca existiu? Na altura esta hipótese não se pôs, pois não se punha em causa a honestidade dos intervenientes, mas hoje à distância……...Se tal aconteceu o golpe foi bem dado e só quem o deu poderá esclarecer as dúvidas aqui levantadas.






ISTO FOI O QUE ACONTECEU AO NOSSO CABRITO: DESAPARECEU 

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