quarta-feira, 30 de março de 2016




O AKAY

O Akay


Os cães são considerados  como os melhores amigos do homem. São sociáveis,  por isso, tornam-se  uma ótima companhia para os mesmos.

O exemplar que vemos na foto, foi merecedor das palavras atrás citadas, mas também pela sua dedicação àqueles que durante um período de tempo o tiveram ao seu cuidado. Foi oferecido ao Sérgio Xavier, que o levou para as instalações dos Sargentos, ficando como uma espécie de mascote dos mesmos. Batizaram-no com o nome AKAY, sugerido, talvez, pelo Jorge Monteiro (Furriel) por este ter um gravador de música, ainda de fita, desta prestigiada marca de aparelhos musicais.  

Entretanto, praticamente, só obedecia e respeitava o Xavier e o Domingos Martins (Furriel) acompanhando-os sempre que para isso era convidado, inclusive, até, em Operações Militares em que participavam. Nunca se separava deles e durante a noite dormia ao seu lado, sempre vigilante, um autentica sentinela.

Pelas suas características era muito admirado, ao ponto de durante uma Operação, numa zanzala, os seus habitantes o quererem comprar, oferecendo um cabrito como paga. Claro que tal não foi aceite.

Era um animal, senhor do seu nariz, com personalidade própria, não dando confiança a desconhecidos. Certa vez, perante um estranho, por sinal polícia, deixou bem claro tudo o atrás dito: tentou o dito agente, ciente da sua autoridade, fazer-lhe festas; foi-lhe recomendado para não o fazer, não acatou o aviso, insistiu, e como prémio levou uma ferradela. A ele só os donos lhe punham a mão.

No final da comissão tentaram trazê-lo para a Metrópole, não o tendo conseguido deixaram-no à guarda do José Manuel Valente (Furriel Vaguemestre) que ficou a residir em Luanda, ficando este de o tratar tão bem como o era anteriormente.

Ficaram aqui algumas lembranças de um animal que todos nós nos habituamos a ver pela parada e por quem nutriamos simpatia, e que aos seus donos deixou saudades.

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