sábado, 28 de outubro de 2017

AS MINHAS FÉRIAS MILITARES

Estávamos praticamente nos finais de 1970, e eu já cansado e saturado da situação em que me encontrava, resolvi gozar férias, ao abrigo do Regulamento Militar. Foram-me concedidos trinta dias, mas com a condição de as mesmas serem passadas fora de Henrique de Carvalho. Não podia haver truques, pois tal teria de ter a confirmação de uma unidade militar do local onde eu passasse o tempo. Teria de o fazer à chegada e à partida.

O meu pedido foi deferido e local escolhido foi Luanda. Quem tinha feito igual pedido foi o Luciano, radio telegrafista, e combinamos fazer companhia um ao outro. Começamos a planear a viagem de ida. Ele tinha familiares naquela cidade onde se iria instalar. Fizemos a viagem separados com a promessa de por lá nos encontrarmos. Eu tentei junto da Força Aérea uma boleia no Nord Atlas, o que não consegui. Fiz contactos junto dos comerciantes da cidade e arranjei boleia num camião. Parti no dia 14 de Novembro. O Luciano, entretanto, já tinha partido em igual meio de transporte.

A viagem foi um pouco complicada, para mim uma autentica aventura. O motorista, pessoa bastante
simpática, que eu desconhecia, por coincidência era meu conterrâneo, de Vila Nova de Gaia (Avintes). A primeira paragem foi no Cacolo, 142 kms percorridos, ainda não havia estrada alcatroada, havia sim: muitos buracos e lama, onde almoçamos e descansamos um pouco.

Continuamos a viagem e quando começou a escurecer, ainda cedo, parámos, numa localidade, de nome Capenda-Camulemba, junto à estrada, para passarmos a noite. Tínhamos percorrido 295 Kms. Fomos a um estabelecimento comercial onde comemos qualquer coisa, pois a oferta era reduzida. Depois da refeição falámos com o seu proprietário para ver a possibilidade de eu dormir dentro do mesmo. O motorista iria dormir na cabine do camião. Tal pedido foi recusado, sendo-me sugerido passar a noite numa viatura que estava abandonada na estrada. Sem qualquer outra hipótese tive de aceitar o conselho. Fazia frio e chovia. O meu comparsa de viagem emprestou-me um cobertor, a noite ia ser longa.

Desolado, entrei na viatura, deitei o corpo no banco traseiro e as pernas no da frente, que já não tinha costas. Fiquei em espécie de ângulo reto. A chuva não parava, e era muita, mas com o tempo lá adormeci. Entretanto, acordei sobressaltado por um ruído de muitas vozes. Alguém andava por ali muito perto. Temi o pior: será que iria ser assaltado? Enchi-me de coragem e, lentamente, levantei a cabeça para ver o que se passava. Fiquei mais calmo, pois verifiquei que se tratava de um grupo de nativos que andava a apanhar mangas que tinham caído das árvores com o temporal e presumi que ainda não me tinham visto. Com a ponta dos dedos bati no vidros, eles ao verem-me, talvez pensando tratar-se de um espírito mau, desataram a fugir. Eu, eu senti-me um herói, e não era para menos.

Chegou a manhã e continuamos a viagem. Passamos por Malanje e à noite pernoitamos numa localidade, cujo nome não tenho em memória. Mas aqui foi numa pensão. Chegamos no dia seguinte, segunda-feira, dia 14, ao nosso destino. Despedi-me do motorista, que ia com o camião carregado de bidons vazios com a missão de os encher de combustível e regressar a Henrique de Carvalho, suponho para a Base Aérea.

Encontrava-me numa cidade praticamente desconhecida, só lá tinha estado aquando do nosso desembarque, e tinha de arranjar um local para me instalar durante o tempo que por lá ia estar. Fiquei duas noites numa pensão, que disso só tinha o nome, as suas instalações eram bem piores do que as que tinha no quartel. Entretanto, passei para a Pensão Miramar, esta já com algumas condições. Os proprietários eram simpáticos e o dono chamava-se Ernesto. Não deixo de registar que alguém, entrou no meu quarto e me surripiou uma máquina fotográfica, que lamentei.
Luanda - Parque Miramar


O Luciano lá apareceu, encontrei-o na baixa, junto à Cervejaria Portugália, local previamente combinado. Fomos passando tempo com idas à praia e vagueando pela cidade. Encontrei amigos e um deles levou-me a fazer um treino de Andebol, modalidade desportiva minha preferida, ao ASA, um clube da cidade. No dia 29 de Novembro, domingo, fui passar o dia à Ilha de Mussulo, etc, etc.

Ilha do Mussulo
O dinheiro que tinha não era muito, bem pelo contrário, logo os gastos eram os mínimos. Tinha deixado instruções para que o meu pré fosse levantado por um camarada ficando este do mo enviar. Não cumpriu o combinado, e eu, naturalmente, comecei a contar as moedas.

Aproximava-se o fim das férias e há que tratar da viagem de regresso. Mas como? O dinheiro que restava não chegava para fazer face ao custo da mesma, se utilizasse um transporte público. O Luciano estava nas mesmas condições. Portanto, só nos restava arranjar um boleia. Resolvemos, por indicação de alguém, ir para a saída da cidade, já depois do Grafanil, estrada de Catete, para um local que suponho que funcionava como posto de controlo, pois os camiões paravam todos lá. Era madrugada do dia 11 de Dezembro. Fomos falando com os motoristas, mas para Henrique de Carvalho ninguém ia. Foi-nos sugerido arranjar até Malanje e aí para o nosso destino. Assim fizemos, conseguimos e a viagem começou. No decorrer da mesma, com o calor, o barulho do motor e o sono a apertar, por vezes adormecíamos. Numa paragem que fizemos o motorista advertiu-nos: “se continuarem a dormir ponho-os fora do camião”. Nada aconteceu e lá chegamos a Malanje.

Agora, nesta cidade, tínhamos que arranjar outra boleia. Contactamos vários comerciantes mas nenhum tinha qualquer transporte para a nossa zona. Outra hipótese era utilizarmos uma empresa de transporte de passageiros que fazia viagens para Henrique de Carvalho. Era de facto uma hipótese, só que o dinheiro que tínhamos não chegava para o bilhete. Seria que eles confiariam em nós, deixando-nos pagar no destino?. Não chegamos a saber, pois encontramos um Furriel do nosso Batalhão, chamado Laginha, de uma companhia operacional. Falando com ele, ficamos a saber que também vinha de férias, e que viajava juntamente com uma delegação da Junta Autónoma das Estradas de Angola, que utilizava vários Jeeps no seu transporte e dirigia-se para a nossa cidade. Sem indicarmos a fonte da informação, fomos ao hotel onde estavam hospedados, falámos com o responsável, Engº. Espinha, contamos-lhe a nossa situação e pedimos-lhe compreensão. Nada nos prometeu, mas foi dizendo para aparecermos por lá, no dia seguinte pelas seis horas da manhã.

Viagem mais ao menos assegurada, lá fomos arranjar local para pernoitar. Encontramos-nos, novamente, com o Laginha e com a sua ajuda dormimos na Messe dos Sargentos de um dos quartéis da cidade.

No dia seguinte, conforme o combinado aparecemos, fomos bem recebidos e sem quaisquer problemas iniciámos a viagem. A meio da mesma parámos num estaleiro da firma Lourenços, construtora de estradas, onde foi servido um almoço-volante a toda a comitiva, sendo nós por inerência sido convidados. Nada mau, nada lá faltava.

Depois dos estômagos devidamente aconchegados, continuamos a viagem, chegando ao fim da tarde do dia 12 a Henrique de Carvalho. Agradecemos as atenções que tiveram connosco e recebemos um elogio pela boa companhia que lhes tínhamos feito. Jamais esquecerei as suas atitudes.


Assim, Fim de Viagem e Fim de Férias, que também, pelas peripécias, foi uma aventura. Não poderei esquecer que éramos um jovens, com vinte e dois anos, que com poucos recursos se propuseram a dar um “chuto” no marasmo em que nos encontrávamos.


Memórias de : Carlos Amaral
                        1º. Cabo Op. Mensagens

terça-feira, 29 de agosto de 2017


PROPAGANDA

Panfletos usadas pelo nosso Exército, em Angola, na propaganda anti-guerrilha


















 Fonte: UAC - União dos Antigos Combatentes do Ultramar e Índia Associação
             Postado por MANUEL PEREIRA      




 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017


OS ANOS VÃO PASSANDO MAS NÃO SE NOTA MUITO. COMPAREM  ( I )

Amaral - Zé Henriques

Barata - Santos

Antunes (Trm) - Lopes

Bessa - Barradas (Alf)

Adrião - Raul

Pinto - Catalino

Arez - Batista

Cunha - Francisco Pinto

Gomes (Mec) - Domingues

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

OS INIMIGOS DA PÁTRIA RENUNCIARÃO


A partir de 1962, em Angola, começaram a ser distribuídas pelas Estações dos Correios de toda a Província Ultramarina carimbos, não obliteradores; para serem colocados em toda a correspondência expedida nas mesmas.

Todos os dizeres nas flâmulas tinham a finalidade de fazer vincar nas consciências de que Angola era portuguesa. Foi a guerra psicológica de propaganda do regime. Consideramos tais marcas postais muito importantes, pois constituem contributos necessários para se poder fazer a História da Guerra Colonial de Angola, designadamente da década de 60, através da filatelia.

Tal se poderá ver no subscrito a seguir apresentado, remetido de Henrique de Carvalho para Luanda em 10 de Fevereiro de 1965




 Fonte: Filatelia Portuguesa - Revista Filatélica



UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA



Memórias de um passado saudoso

HENRIQUE AUGUSTO DIAS DE CARVALHO  – Major do Estado Maior de   Infantaria – Explorador (1843 – 1909)
EXPEDIÇÃO À REGIÃO DA LUNDAno Leste de Angola, entre 1884 e 1888 


Introdução:
No longínquo ano de 1972, aquando da minha estadia em Henrique de Carvalho, a par da nossa tropa, estudava nas horas vagas no Liceu da cidade. A reitora,  recebeu nesse ano, o neto ou, bisneto do famoso explorador Henrique de Carvalho e, eu, muito atento, anotei o seu discurso direccionado ao seu ascendente e aos seus feitos...
Sempre fui  fervoroso por conhecer os grandes sertanejos africanos, tanto portugueses como estrangeiros, e entre muitos destacaram-se: Livingstone, Stanley, Braza, Cameron, Silva Porto, Serpa Pinto, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e, por fim, Henrique de Carvalho – o homem que deu nome à cidade.
Este explorador, sertanejo, Governador da Lunda, merece ser lembrado por nós, mesmo quarenta anos após termos pisado aquele chão Africano. Eis alguns apontamentos:
  
                                                           Henrique de Carvalho
Contexto histórico:
Em finais de Oitocentos, face à investida das restantes potências Europeias, Portugal vê ameaçados os seus territórios Africanos, cuja ocupação se limitava à costa e que assentava tradicionalmente na invocação dos “direitos históricos”.
Sem meios militares ou económicos que lhe permitiam ombrear com os restantes competidores, desperta o Estado português a consciência do “apertado cerco que nos estão pondo as principais nações da Europa”.
Neste apertado cerco conjugam-se as expedições Alemãs e Belgas que se dirigiram para a Lunda na segunda metade do séc. XIX.
Alarmado pelo curso dos acontecimentos, o governo Português empenha-se a partir de 1884 na construção de um caminho-de-ferro que ligasse Luanda – Ambaca, um conhecido entreposto comercial entre o interior de Angola e a costa. Procurava-se sobretudo estabelecer laços comerciais directos com o Império Lunda, fonte tradicional de matérias-primas (cera, marfim, borracha), e que até então se encontrava isolado, alvo de um bloqueio exercido por parte dos Mbangalas. Estabelecidos na região de Cassanje, estes impediam um contacto directo com os Europeus, ao assumirem-se como intermediários comerciais entre os sertanejos e o território de MUATIÂNVUA.
A Expedição:
É precisamente neste contexto que surge, em 1884, a viagem do militar Henrique de Carvalho à Lunda.
Relativamente ao Muatiânvua, pedia-se que este fosse persuadido a celebrar um tratado de amizade e comércio com Portugal.
A expedição partiu do entreposto comercial angolano de Malanje em Julho de 1884. Era chefiada por Henrique de Carvalho, militar com vasta experiência colonial, e tinha como subchefe o Major Agostinho Sisnando Marques, farmacêutico e ex-director do Observatório Metereológico de S. Tomé. Seguia também como ajudante o Tenente Manuel Sertório de Almeida Aguiar, bem como os indispensáveis carregadores recrutados localmente e alguns ambaquistas, que operavam sobretudo como guias e intérpretes.
O itinerário foi delineado em Malanje pelos irmãos Custódio e Saturnino de Sousa Machado, comerciantes sertanejos de longa data e por isso conhecedores dos caminhos interiores.

                  
           Subchefe Agostinho S. Marques                           Ajudante Manuel S. A. Aguiar

Foi sugerido um “caminho novo pelo Nordeste que, partindo de Malanje, ia atingir o rio Cuango na zona de confluência com o rio Lui, seguindo daí para o Cassai”. Depois, seguiria para Sul, em direcção à Mussumba.
A expedição avançou dividida em duas secções, dirigidas respectivamente pelo chefe e pelo subchefe. Uma das secções seguia à frente, fundava uma “estação civilizadora”, e aí permanecia algum tempo, estabelecendo relações de confiança com os locais. Estações essas em que Henrique de Carvalho terá realizado parte das suas observações e recolhas etnográficas.
Quando a primeira secção partia, chegava a segunda para dar continuidade ao trabalho.
À medida que avança em direcção à Mussumba, Henrique de Carvalho apercebe-se de   que o Império Lunda atravessa uma fase conturbada. Os entraves postos a partir de 1850 pelo Estado português ao tráfico de escravos em Angola foram um rude golpe para a economia Lunda, que dependia grandemente dessa actividade. Dividido por lutas de poder internas, o Estado Lunda via o seu território consideravelmente reduzido pela expansão para Norte dos povos Chokwe.
Passados cerca de dois anos, em Janeiro de 1887, a expedição encontra-se finalmente em Mussumba. No dia 18 desse mês “celebra-se um tratado pelo qual o Muatiânvua e a sua corte reconheciam a soberania de Portugal e se comprometiam a não aceitar nas suas terras outra bandeira”.
Este sucesso não foi contudo, duradouro. Cinco dias após a assinatura do tratado, um grande fogo destruiu grande parte da Mussumba, levando à debandada de milhares de pessoas, incluindo a Corte Lunda.
Henrique de Carvalho apercebe-se de que só lhe resta partir. Esperava-o uma longa viagem de regresso, em que a expedição tem de contornar diplomaticamente a agressividade dos Chokwe, e a cíclica falta de provisões e medicamentos. No decurso da viagem, iam chegando notícias inquietantes de Malanje: no contexto da Conferência de Berlim, fora criado o Estado Independente do Congo (1884), o que significa a perda da região Angolana do Lubuco para a BélgicaH. 
                                                          Carvalho e o Muatiânvula                                                                                                      
Se os objectivos políticos e comerciais da expedição não tinham sido alcançados, ficara assegurada uma recolha de carácter etnográfico que testemunha ainda hoje uma visão muito particular sobre a Lunda dos finais do séc. XIX.

Visita da princesa Mutumbo a H. Carvalho
Dispersos Históricos: 
- Carvalho na sua primeira estada em Angola (1878/1882) foi responsável pelas obras públicas em Luanda
Caravana mercantil no Dondo
- Em 1884 e, em Malanje, Henrique Dias de Carvalho preparava a sua expedição.
- Carvalho contratou doze carregadores em 9 de Junho de 1884 em Luanda, para a sua grande expedição à Lunda, dez dos quais o acompanharam até ao Calanhi e regressaram com ele.
- Henrique de Carvalho encontrou algumas caravanas Mbangalas nos domínios do Caungula Muteba, junto ao Lóvua, em cujas proximidades permaneceu três meses com a sua expedição, em finais do ano de 1885.

  Grupo diplomático enviado pelo Muatiânvua ao Gov. da Lunda
        
- Numa dessas caravanas participava também o chefe (Ambaza) QUINGURI, da margem direita do Cuango, aí chegado em meados de Dezembro de 1885, cuja residência se situava a um dia de viagem da estação comercial de Cassanje, junto ao Quinguixi, um afluente do Cuango. Quinguri, permaneceu com Carvalho durante vários meses. Alegava ser um descendente do primeiro Jaga (título dos governantes Mbangalas) e, portanto, de Lueji, a mãe do primeiro Mwant Yav do Estado Lunda e era um pretendente à sucessão dos Jagas no Cassanje.
- Em Outubro de 1887, Manuel Correia da Rocha, conhecido por Calucâno, chegou a Malanje com Carvalho, tendo-se instalado com a sua gente algures nas imediações.
- Henrique de Carvalho, explorador português, foi contemporâneo de outros exploradores alemães – Paul Pogge (1875/1876) e Max Buchner (1879/1880).
- António Bezerra acompanhou a grande expedição de Henrique de Carvalho à Lunda como “primeiro intérprete” nos anos de 1884/1888.
- Como António Bezerra conhecia como ninguém as regiões situadas a Leste do Cuango, pôde prestar a Carvalho informações preciosas sobre as rotas a seguir ou a evitar, as diversas populações, suas opiniões, sua história, suas relações comerciais e seus costumes.  Agostinho Alexandre Bezerra, participou na expedição de quatro anos de Henrique de Carvalho à Lunda (1884/1888) como segundo intérprete.
- Em 1896, quando Carvalho voltou à região dos Mbangalas como Governador da Província Lunda, Quinguri já tinha falecido.

   H. de Carvalho – Estátua nossa conhecida…


Vitor OliveiraOPCART

quarta-feira, 19 de julho de 2017



FALECEU O MANUEL PAIVA


É com pesar que participamos mais um falecimento de um camarada nosso. Desta vez foi o MANUEL AUGUSTO MOREIRA PAIVA, Soldado Sapador, com o nrº. mecanográfico 09170069. Vivia na freguesia de Pedroso, concelho de Vila Nova de Gaia e foi vítima de uma doença incurável. O Paiva esteve presente em muitos dos nossos convívio anuais. De si podemos dizer que era uma pessoa simpática e cordial.  O seu funeral realizou-se ontem Terça-Feira, dia 18 de Julho, sendo o seu corpo depositado no cemitério local.
Aos seus familiares e amigos, apresentamos as nossas condolências.
Paz à sua alma



sexta-feira, 14 de julho de 2017



TROPAS METROPOLITANAS NOS TEATROS DE GUERRA AFRICANOS

Com o 25 de Abril de 1974 a guerra que o nosso País travou nas suas Províncias Ultramarinas começou a dar sinais do seu fim. Para a memória, de todo nós, podemos, ver pelo quadro a seguir apresentado, o número de efetivos que estiveram envolvidos nas diversas frentes. Embora se afirme, à boca cheia, que tínhamos a guerra ganha, verifica-se, pelos números apresentados, que praticamente no final da guerra, ano de 1973, era quando mais militares se encontravam na guerra em causa.




Fonte: Estado-Maior do Exército, 1988 I; 261.