segunda-feira, 6 de julho de 2015




“CAÇADORES”


Tendo sido nós integrados num Batalhão de Caçadores, acho interessante sabermos a origem de tal designação.

Todos nos lembramos do símbolo que indicava que eramos caçadores; na boina usávamos para sermos identificados, como tal, uma corneta.

Historicamente o termo “caçador” foi usado em vários países como: Portugal e Brasil, Alemanha e Áustria (Jager), França e Bélgica (Chausseur), Espanha (Cazador), etc, etc. Outros países designaram tropas equiparadas com outros termos como “Riflemen”.

O caçador é um tipo de militar de cavalaria ou infantaria ligeira. Existindo várias especialidades como: os caçadores a cavalo, a pé, os de montanha e os paraquedistas.

Em Portugal durante o século XIX, os caçadores formavam tropas de infantaria, de elite, e ficaram famosos pela sua atuação na Guerra Peninsular. Mas já anteriormente, no século XVIII, foi constituído o Regimento de Voluntários Reais (RVR), pelo Conde Lippe, durante a Guerra Fantástica. Os seus elementos usavam uniformes castanhos, e era composto por tropas de cavalaria e infantaria ligeira, que tinham como missão infiltrar-se no interior do território inimigo fazendo sabotagem.

O RVR teve duração curta, pois foi extinto passado pouco tempo da sua formação. Em 1796 foi criada a Legião de Tropas Ligeiras, que tinha características semelhantes. Passado cerca de um ano, em 1797, depois dos resultados obtidos na campanha do Rossilhão, são criados os caçadores. Assim, os Regimentos de Infantaria passam a contar com uma companhia de caçadores de infantaria ligeira. Mas, em 1808, durante a Guerra Peninsular, estas companhias deixaram de existir. Em sua substituição foram criados Batalhões de Caçadores como unidades totalmente independentes. Usavam farda castanha, mais castanha do que verde, como a usada pelo Regimento de Voluntários Reais. Tal a opção teve a ver com o relevo e a paisagem do nosso país.

Cada Batalhão Integrava uma companhia de atiradores de elite, e os seus elementos atuavam como exploradores e flanqueadores. Notabilizaram-se na Guerra Peninsular pela sua capacidade de tiro de precisão a grandes distâncias. Foram apelidados pelo Duque Wellington como “galos de combate”.

Em 1829 os Batalhões de Caçadores são transformados em Regimentos. Entretanto, estes passam a integrar uma companhia de atiradores. Em 1834 os Regimentos de Cavalaria Ligeira passam a designar-se “Caçadores a Cavalo”.

Em 1911 os caçadores são extintos e deixa de existir a distinção entre infantaria de linha e os caçadores. As unidades deste tipo são transformadas em Regimentos de Infantaria.

A designação de “caçadores” é recuperada em pleno século XX, sendo atribuída a vários tipos de unidades com semelhanças à dos antigos caçadores, nomeadamente:

Batalhões de Caçadores (na metrópole) criados em 1926 e preparados para a defesa     das fronteiras;

Caçadores nativos - a partir de 1930. Guarnições de infantaria nos diversos territórios do ultramar;

Caçadores – nome atribuído a partir de 1950 às unidades expedicionárias de infantaria ligeira, mobilizadas a título eventual, para reforço da guarnição normal dos territórios do ultramar. Estas unidades eram extintas no final da sua comissão, normalmente ao fim de dois anos e substituídas por outras. Eram formados batalhões, compostos por quatro companhias; uma de comando e três operacionais. Havia, também, companhias independentes. Durante a guerra do ultramar foram organizados milhares de batalhões de caçadores. No final da guerra existiam cerca de quatrocentas companhias e oitenta batalhões;

Caçadores para-quedistas – força criada pela Força Área Portuguesa em 1952. Em 1975 esta designação foi abolida passando a chamar-se “Tropa Para-quedista”; 

Caçadores especiais – Organizados a partir de 1960, conhecidos como “Rangers”. Adotaram uma boina castanha com a tradicional corneta de caça. Foram os primeiros a usar camuflado. Mais tarde foram criados os “Comandos

 


A designação “Caçadores” foi abolida do Exército Português em 1975, altura em que todos os batalhões foram extintos ou passaram a chamar-se batalhões ou regimentos de infantaria. Só um continuou a existir, foi o Batalhão de Caçadores nrº. 5 até 1988, com as funções de apoio administrativo às comissões liquidatárias das regiões e comandos militares em extinção. 



Fontes: Wilkipédia
Lemos, Juvêncio Saldanha, Os Mercenários do Imperador
Ross, Stevn T. From Flintlock to rifle
Busch, Hartwing, Formationsgeschichte der deutschen infanterie
Chartrand, René, Coelho, Sérgio Veloso, A Infantaria Ligeira da Guerra Peninsular
Martelo, David, Os Caçadores - Os galos de combate do exercito de Wellington

sábado, 4 de julho de 2015





CONVÍVIO 2015

Conforme o combinado no almoço-convívio do ano passado, o deste ano realizou-se nas Termas de S. Pedro do Sul, no dia 27 de Junho, com organização do nosso camarada José Gomes. O mesmo teve lugar no Hotel Nossa Senhora da Saúde.

Antes do almoço e após a chegada de todo o pessoal, que aderiu ao acontecimento, foi efetuada uma visita às instalações dos balneários Rainha D. Amélia. Além de outros pormenores foi-nos mostrado um vídeo promocional do concelho de S. Pedro do Sul. Através do mesmo ficamos a conhecer alguns dos belos locais da região.

Seguiu-se o almoço. As entradas foram servidas na esplanada do hotel, o dia assim o convidava. Provaram-se várias especialidades da região ao que se seguiu o almoço propriamente dito. O mesmo decorreu como habitualmente acontece; com apetite e boa disposição.

Estiveram presente 41 camaradas, alguns fizeram-se acompanhar das suas esposas, filhos e até netos, o que deu ao convívio um ambiente bastante agradável.

Em determinado momento, procedeu-se, com muito respeito a um minuto de silêncio por todos os nossos camaradas que já não se encontram entre os vivos.

O alferes Pimentel, como o presente mais graduado, usou da palavra para agradecer a presença de todos e desejar que estes convívios continuem a acontecer. 

Espontaneamente as senhoras presentes, reuniram-se e, formaram um "grupo coral" presenteando todos cantando o Hino Nacional. Momento este que, como habitualmente acontece, comoveu todos os presentes. É nestes momentos que se vê o brio e força que temos em ser portugueses.

Entretanto, comeu-se o bolo comemorativo, brindou-se com champanhe e combinou-se que para o próximo ano, 2016, o convívio será feito em Viana do Castelo com organização do Xavier (ex-furriel)

A seguir passamos algumas fotos do acontecimento "para mais tarde recordar”






























quinta-feira, 2 de julho de 2015


DIA DE PORTUGAL - 10 DE JUNHO



O Núcleo de Matosinhos da Liga do Combatentes, este ano comemorou esta data. O nosso amigo e camarada Raúl faz parte do mesmo, esteve presente,  e enviou-nos a notícia, bem como fotos de tal acontecimento. O referido núcleo tem um grupo coral do qual o Raúl mais a sua esposa fazem parte. Vejamos as fotos.